sexta-feira, maio 30, 2003

Day Tripper
Artrite

Got a good reason
Tenho motivos
For taking the easy way out
Pra tirar o corpo fora
Got a good reason
Tenho motivos
For taking the easy way out now
Pra tirar o corpo fo-ra

She was a day tripper,
Ela tem artrite
A one way ticket yea
E não dá pra trepar
It took me so long
E eu demorei muito
To find out,
Pra sacar
And I found out
Mas saquei

She's a big teaser,
Ela é um tesão
She took me half the way there
E sempre me deixa ereto
She's a big teaser,
Ela é um tesão
She took me half the way there now
E sempre me deixa ere-to

Tried to please her,
Nem um boquete
She only played one night stands
Ela só quer siririca
Tried to please her,
Nem um boquete
She only played one night stands now
Ela só quer siririca

She was a day tripper,
Ela tem artrite
A Sunday driver yea
E não dá pra trepar
It took me so long
E eu demorei muito
To find out,
Pra sacar
And I found out
Mas saquei

Day tripper
Artrite
Day tripper yeah
Artrite yeah
Palmas para Fred Leal, que deu uma pirueta às 12:34 AM

quarta-feira, maio 28, 2003

Dica excelente do Joca: um site com ilustrações maravilhosas sobre fotografias (e ainda dá pra gente interagir, arrastando o mouse pra lá e pra cá por cima de cada foto).
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 3:51 PM

segunda-feira, maio 26, 2003

Aviso para os fanzineiros

ola pessoas,
tô me adiantando mas é por uma boa causa: a partir da semana q vem (26/05) o Jornal da MTV vai começar a pedir no ar que fanzineiros mandem suas publicações IMPRESSAS para serem exibidas no Jornal da MTV. O Rafa é um fanzineiro tímido e lançou a bola pra editoria que gostou da idéia. Os fanzines que chegaram serão mostrados e comentados pelo Rafa.
quem tiver fanzines IMPRESSOS (nada de e-zines) pode mandar para

JORNAL DA MTV
av. profº alfonso bovero, 52 / 5º andar
sumaré - são paulo - SP
01254-000
abs
rodrigo lariú

Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 3:27 AM

quarta-feira, maio 21, 2003

"Vila Sésamo", uma tortura

Uma tortura musical para os iraquianos

LONDRES. Músicas de programas infantis, como “Vila Sésamo” e do dinossauro “Barney”, se transformaram numa nova arma — ou num instrumento de tortura, como dizem as ONGs — nos interrogatórios de prisioneiros capturados no Iraque. Elas não estão sozinhas. Músicas de grupos de heavy metal, como Metallica, também têm sido usadas para minar a resistência dos presos que se recusam a cooperar.

Segundo a rede britânica BBC e a revista americana “Newsweek”, os prisioneiros que não cooperam nos interrogatórios têm sido expostos a essas músicas por longos períodos, na tentativa de que desistam e falem. A Companhia de Operações Psicológicas dos EUA (Psy Ops) informou que o objetivo era quebrar a resistência do preso através da privação do sono e do uso de músicas culturalmente ofensivas. Uma delas seria “Enter Sandman”, do Metallica.

Mas para a organização de direitos humanos Anistia Internacional, tais táticas, na verdade, constituiriam práticas de tortura, o que significa que as forças de ocupação estariam violando a Convenção de Genebra.

A longa exposição a esses sons afetaria a capacidade de raciocínio. Seria uma técnica não letal e sem efeitos posteriores. Um americano que teve de ouvir por 45 minutos em treinamento a música do programa do dinossauro Barney disse esperar nunca mais ter que passar por isso de novo.

Outras denúncias se referem a práticas bem menos sutis. O iraquiano Muhammad al-Tamimi contou que teve os quadris chutados e sofreu pancadas na cabeça com o cabo da arma de um soldado britânico. Como ele, mais de 20 iraquianos dizem ter sofrido maltratos das forças anglo-americanas.

As queixas que a Anistia Internacional tem ouvido de iraquianos que foram detidos pelas tropas anglo-americanas vão de espancamento a choques elétricos. Um ex-prisioneiro diz ter sido espancado durante toda a noite.

A organização disse que não pode ainda comprovar as denúncias. Mas informou que as semelhanças encontradas nos relatos de civis e militares iraquianos fazem com que sejam levadas a sério.

— O padrão que surge é de maltrato — disse Kathleen A. Cavanaugh, pesquisadora da Anistia Internacional que está em Basra, sul do Iraque, entrevistando iraquianos. — E esses maus-tratos podem constituir tortura, em alguns casos.

O Ministério da Defesa britânico e o Pentágono negaram as acusações e informaram estar agindo de acordo com a Convenção de Genebra.


Isso me dá uma boa idéia...
Palmas para Juliana Araujo, que deu uma pirueta às 9:19 AM

terça-feira, maio 20, 2003

Informativo BALA



Agora a revista eletrônica dedicada ao jornalismo orlando orfei vai ter um informativo. Ou seja: uma vez por semana, quem se cadastrar vai receber um email com os links pro que rolou durante aquela semana. Quem estiver a fim, é só me mandar um email com o subject BALA.
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 11:30 PM

Crônica

Entrou lá no Portal Literal minha primeira crônica sobre a Bienal.
Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 10:41 AM

Fotos inspiradas

Arte.
Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 10:29 AM

domingo, maio 18, 2003

Bienal, Cai de Boca no Meu Pau

Fui na Bi-anal. Me diverti horrores enquanto caminhava pelo mega-evento cheio de livros que eu nunca vou ler, pensando em trocadilhos que não posso usar na matéria que me encomendaram. Lá é igualzinho um shopping: tem criança chata pra chuchu, muita mãe gritando "iiiingrid! uááááshitu!", praças de alimentação e corredores congestionados.

Comprei alguns poucos títulos essenciais e assisti aos bate-papos do Café Literário, além do debate com Salman Rushdie, que é o maior star do mundo do rock literário da atualidade. Manjem só algumas sacadas que rolaram ontem no shopping center de livro:

"Não conheço alguém que faça uma separação entre a vida e a escrita, fora alguns intelectuais que vivem na falsidade. " - Millôr Fernandes, no Rock in Rio dos Livros.

"Ser cronista é viver em voz alta". - Manuel Bandeira (citado por Millôr) diz que eu posso escrever do jeito que eu quiser, porra.

"Eu não tenho esse problema... eu visto o personagem quando estou escrevendo." - João Ubaldo Ribeiro, deixando a turma apavorada com a possibilidade de encarnar o clérigo de "Diário do Farol".

"Eu não tenho essa aspiração de viver de escrever... eu queria escrever alguma coisa que prestasse!" - Rubens Figueiredo, vencedor do Prêmio Jabuti.

"Só escrevo por dinheiro. E me considero na melhor tradição literária. A humanidade sempre escreveu por dinheiro. Os gregos, por exemplo, escreviam para ganhar concursos e dinheiro, num clima de fofoca..." - João Ubaldo, arrimo de família.

"Se eu morrer e a minha mulher aparecer com um original meu da gaveta, pode ter certeza de que não é meu. Porque eu não escrevo uma linha se não for por dinheiro." João retifica, só pra garantir.

"O leitor é um acidente, um mal necessário... às vezes eu escrevo sonhando em fazer o livro que eu gostaria de ler." - Rubens, justificando meios e fins.

"Há anos o Jaguar vem promovendo uma auto-mitificação, de que é um bêbado inveterado. Mentira! Vou desmitificar isso aqui: é abstêmio. Na frente da gente, ele finge que bebe um pouquinho". - Millôr faz a denúnica e Chico Caruso, da platéia, corrobora, apontando o acusado: "Tá bebendo água aqui!"

"Outro mito que ele inventou... o Madame Satã. Ele era HETEROSSEXUAL, o Jaguar inventou que ele era homossexual!" - Millôr, da série Grandes Vultos da História Carioca Desmascarados na Bienal.

Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 11:55 AM

sábado, maio 17, 2003

"Gostaria de muito de agradecer a todos os meus amigos, menos dois."

Sábio W.C. Fields...
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 10:00 AM

sexta-feira, maio 16, 2003

Orfeizando

Ciça (08:39 PM) :
ontem ceis deram uns 7 reais pro taxista, right?
quando cheguei aqui, dei uma nota de R$20 pra ele e fiquei com os sete. daí ele tinha q dar o troco pelos R$20, certo? ele deu mais uns R$7! aí eu fiquei com umas R$14 pila, o que transforma a corrida em... R$ 6,0 :*)

Ciça (08:39 PM) :
o taxista tava mais bebu q nois

Kamille (08:40 PM) :
hehehehehe

Kamille (08:40 PM) :
tava mesmo

Ciça (08:40 PM) :
e eu, tb bebinha, n notei de cara

Kamille (08:40 PM) :
hehehe

Kamille (08:40 PM) :
paciência

Ciça (08:41 PM) :
vem ca, o pessoal do exquisite n tem cobrado donminio?

Kamille (08:41 PM) :
que eu saiba n

Ciça (08:41 PM) :
estranho

Kamille (08:41 PM) :
hehe
tamo orlando orfeizando do servidor ao taxista

Ciça (08:42 PM) :
caralho!
é verdade

Ciça (08:42 PM) :
isso precisa ser notado no orlando oferi blog

Kamille (08:42 PM) :
hehehe

Kamille (08:43 PM) :
pior que não é de propósito

Ciça (08:43 PM) :
nao
é q apenas acontece

Kamille (08:43 PM) :
exatamente

Ciça (08:43 PM) :
é um estagio de profissionalização do caloteiro
quando ele dá o calote sem ter culpa
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 9:28 PM

quinta-feira, maio 15, 2003

Big Brother Pedreiro

updates: cecilia.
risadinha tchosada no trampo: fred leal.



Ciça (06:04 PM) :
e os homens tão quase dentro do meu quarto. hj ate conversei com um deles. ele levou o meu cheque pro porteiro, pra artpharma, q veio trazer meu sabonete aqui.

Ciça (06:05 PM) :
entreguei o cheque e ele levou de andaime até o oitavo andar onde o porteiro mora, pro porteiro depois levar pro térreo e atender o entregador da artpharma.

-- fredleal.com (06:07 PM) :
hahahahah

Ciça (06:08 PM) :
o homi ta praticamente morando no meu quarto. fazer o quê? já to quase achando uma indelicadeza botar cortinas!
Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 5:05 PM

quarta-feira, maio 14, 2003

Cachorro por cachorro...

Ciça (10:40 PM) :
ah, eu conheci o rock n roll.

Emma Bovary (10:40 PM) :
o cão da pri?

Ciça (10:41 PM) :
iep :) ele eh muito simpático, me lambeu à beça. gente boa.

Ciça (10:41 PM) :
loiro, alto... simpático. tudo eu queria num homem. pri disse tb q ele eh carinhoso, inteligente.

Emma Bovary (10:41 PM) :
é sim.

Ciça (10:41 PM) :
zoofilia já.

Emma Bovary (10:42 PM) :
ele acha que pode comer mulher.
Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 9:43 PM

Ciça Recebe

Por enquanto meu talk show não estréia, vou protagonizando aqui no meu novo lar, no CATETE, um insólito reality show: o Big Brother Pedreiro.

Meu prédio tá em obras e eu não tenho cortinas. Desde anteontem, os encarregados de raspar toda a tinta da parede do lado de fora do prédio estacionaram seu charmoso andaime no 6o. andar e podem ver tudo que se passa no meu quarto.

Além dos pedreiros, os vizinhos de dois prédios em frente também acompanham o programa. Mas a eles eu já estava habituada, e eles, a mim. Na mesma semana que mudei pra cá, já fazia o que sempre fiz no Lido, e é o que todos fazem quando moram em apartamentos com janelas de frente pra outros prédios: ignoram os voyeurs e circulam à vontade.

Os pedreiros, no entanto, além de serem novíssimos espectadores (pra eles, minha camisola preta era inédita), infelizmente, não estão do outro lado da rua. O sujeito à minha esquerda do lado de fora da janela, por exemplo, pode ler o que estou escrevendo agora se ele quiser (não façam a piada do "se ele souber ler" porque apesar de isto aqui ser um blog de gente sem noção, não chegamos nesse nível).

Não conto isso apenas para expor (mais) a minha intimidade. O relato é um pedido de AJUDA: algum dos amigos e/ou leitores poderia me indicar PELOAMORDEDEUS um lugar onde eu possa encontrar uma bela cortina barata, além de quem a pendure?

Sem mais,
Ciça, what happens when people stop being polite and start getting real.
Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 3:21 PM

Ululante

Descobrindo o óbvio no Globo:

"A Guarda Municipal, desde março, faz uma pesquisa por observação sobre a prostituição na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio.

Acredite. Cerca de 60% dos “clientes” são hóspedes de hotéis da orla."

O colunista Ancelmo Góis espanta-se à toa. Esperavam o quê? Que 60% dos consumidores do produto interno bruto fossem pé-rapados como nossos amigos do Lido e do Leme? Rororororo...
Palmas para international jetset, que deu uma pirueta às 2:45 PM

terça-feira, maio 13, 2003

Ciça (10:24 PM) :
eu to credenciada na bienal

fredleal.com (10:25 PM) :
genial!
que rima legal!
acho que só vou falar assim...
rimando como marginal!
porque eu sou do hip hop

Ciça (10:29 PM) :
que é isso mermão, tá ´pensando que é o maioral?
aqui no rio assim só tem o marechal

fredleal.com (10:30 PM) :
o marechal é mto bom, eu vou te confessar
mas em se falando de rima é ruim me derrotar!

Ciça (10:33 PM) :
tudo bem, eu sou da paz, não sou eu q vai brigar
sou quase hippie, botando a soja pra cozinhar

fredleal.com (10:34 PM) :
faz vc mto bem, que vai vier com saude...
eu to ficando tao ruim q vou virar fã de daúde!

fredleal.com (10:34 PM) :
"vier", não... "viver". foi mal... hehehe

Ciça (10:35 PM) :
que é isso amizade, engasgando no icq?
nesse lance de rima, online ou na esquina,
inda sou melhor que você
(a galera grita AAAAAAAAH)

Ciça (10:35 PM) :
mudando de assunto, pq nosso passado é negro e defunto
vai na festa na editora planeta?
diz que lá vai ter à vontade uísque e boceta

fredleal.com (10:36 PM) :
nem deixa eu me defender
vou deixar passar, gatinha, porque gosto de você

fredleal.com (10:36 PM) :
na festa da planeta, quero muito aparecer
falta-me alcool no sangue, mas boceta nem vou ver

Ciça (10:37 PM) :
fui comprar uma roupa pra ir na festa da Planeta
inchei tanto de cachaça, que mico
só consegui caber numa lona de circo

fredleal.com (10:38 PM) :
quero isso pra mim
deixar inchar o corpo
deixar virar um porco
pr'esse funk virar samba-de-breque assim, assim

Ciça (10:38 PM) :
mas essa ainda não é a nova surpresa no meu visual
vocês vão ver na quinta-feira, nem pergunta
ou cai de boca no meu pau

Ciça (10:39 PM) :
perai que a soja chamou na panela
ja volto com mais rima na tramela
nao demoro, nao me escondo
faço o molho e já respondo

fredleal.com (10:40 PM) :
confesso, ce é boa de rima,
me amarro em tu, mina
vou comprar uns malboro láite
pra te trazer pro abate
aqui no meu covil!

Ciça (10:41 PM) :
lavei a louça com vontade
pensando no sorriso dum moleque da faculdade
pra falar a verdade, nasci pra ser amélia
mas nêgo insiste em me ver como uma puta velha

fredleal.com (10:42 PM) :
e o tal moleque, amélia?
é gostoso, passa a regua!
e o volume do cajado? abençoado?
confesso, tô virando mona
a mulherada só decepciona

Ciça (11:18 PM) :
o moleque é mais embasbacante que pirâmide do egito
curte literatura, é mineiro e é bonito
eu tenho 70 anos, ele é apenas um cabrito
mas quem me conhece tem que saber
quando índio quer apito, se não tiver pau vai comer

fredleal.com (11:20 PM) :
hahahahahaha

Ciça (11:23 PM) :
parece que o meu amigo fred desconectou de desgosto
depois da minha declaração de amor em rap tosco
essa foi a primeira batalha hip hop de indie via icq
e agora eu vou pedir pro fred postar pra você
que vai no orlando orfei e acha escroto
mas não fica um dia sem ler
Palmas para Fred Leal, que deu uma pirueta às 11:32 PM

segunda-feira, maio 12, 2003

Muito bom esse texto de uma amiga minha:

Pedir justiça é pra quem pode?

Por Patrícia Lânes*

Mais de mil pessoas estiveram no dia 7 de maio na rua Conde de Bonfim, Tijuca, manifestando-se contra a violência no Rio de Janeiro. Não, não foi a manifestação organizada por estudantes da Universidade Estácio de Sá depois da morte da estudante de Enfermagem Luciana Gonçalves Novaes. Também não foi uma caminhada organizada pelos parentes de Gabriela Prado Maia Ribeiro, morta em março na estação de metrô São Francisco Xavier. E talvez, por isso mesmo, você não tenha ouvido falar dessa caminhada, que reuniu moradores e moradoras da comunidade do Borel e adjacências em uma manifestação muda contra a morte de quatro jovens depois de mais uma ação policial violenta: Carlos Alberto da Silva Pereira; Carlos Magno de Oliveira Nascimento; Everson Gonçalves Silote; Thiago da Costa Correia da Silva; além de Pedro da Silva Rodrigues, que foi baleado.

Desta vez, foram trabalhadores, estudantes e lideranças de uma favela carioca que desceram o morro para dizer basta contra a impunidade que costuma envolver crimes praticados por policiais. Mas foram em silêncio. A vontade dessas pessoas mostrarem, de maneira silenciosa, sua dor e revolta vem da necessidade de se fazer visto de maneira diferenciada. Isso porque, mais do que nunca, em dias de violência exacerbada, tudo que sai das favelas chega a muitos dos grandes meios de comunicação como "coisa de bandido", "coisa de traficante". E era exatamente isso que as centenas de moradores e moradoras que estiveram na manifestação de ontem não queriam.

O que queriam - e isto estava claramente colocado em suas faixas e cartazes - era serem reconhecidos como parte da população de uma cidade que não escuta a sua voz nem leva em conta a sua dor. Os cartazes que perguntavam a diferença entre condomínio e favela e que traziam, junto com as fotos dos jovens mortos, a pergunta: "posso me identificar?", falavam de um assunto recorrente para quem vive nas favelas do Rio, o de ser cidadão de segunda classe. O de não ter os mesmo direitos dos outros moradores por morar em favelas. Por isso, eles estavam nas ruas, por isso ontem ocuparam o asfalto: para mostrar, como cidadãs e cidadãos do Rio de Janeiro - atingidos mais do que quaisquer outros pela violência descontrolada que toma conta da cidade - o drama dos familiares e de uma comunidade. Mas nem a isso têm direito porque esse drama não está na mídia da mesma forma.

Os jovens mortos no final da tarde do dia 17 são, para aqueles que os mataram, antes de mais nada, bandidos. Não porque carregavam armas (o grupo de cinco rapazes vinha de um intenso dia de trabalho), mas porque moravam em uma favela. E o fato de ali estarem era suficiente para que houvesse um julgamento do que eram. Pior ainda, esse tipo de crime é, em geral, tratado como de segunda categoria pelos grandes jornais, assim como suas vítimas são tratadas pelo restante da cidade. Por que não veicular da mesma maneira a morte de uma estudante de universidade particular e a de um torneiro mecânico do Borel? Por que um merece primeira página e outro uma nota? Por que não vale a pena apurar quem está à frente das manifestações organizadas por favelados, ir até lá para checar o que está acontecendo?

Nós, jornalistas, não podemos nos furtar a verificar os fatos, colher impressões e versões. A dimensão ética da produção de informação não pode ser subsumida por nossas opiniões pessoais. O compromisso com a cidadania e com a democracia tem que ser anterior à nossa primeira reação diante dos fatos.

A manifestação do dia 7 de maio mostra que aquelas moradoras e aqueles moradores, com o apoio de pessoas residentes em outras favelas que lá estavam, estão nadando contra a maré, colocando sua cara na rua, ainda que em silêncio, para reivindicar seus direitos. A imprensa tem o dever de tentar se refazer, de ser diferente, de remar contra o senso comum, de dar voz às pessoas que nossa sociedade desigual e indiferente teima em calar.

Antes da caminhada, familiares das vítimas, com o apoio de cerca de 30 instituições, enviaram um documento ao presidente da República, com cópia para o ministro da Justiça, secretário Nacional de Direitos Humanos, secretário Nacional de Segurança Pública e arcebispo Metropolitano da Província Eclesiástica do Rio de Janeiro. Solicitam que os fatos sejam apurados, que os responsáveis sejam punidos e que as identidades de seus filhos sejam esclarecidas. Enfim, que sejam reconhecidos publicamente como trabalhadores e não como bandidos.

Depois da caminhada, naquele mesmo dia, as mesmas pessoas que marcharam por duas horas em silêncio correram um microfone e, em plena Praça Saens Pena, oraram juntos e cantaram o hino nacional porque se reconhecem, antes de tudo, como cidadãos brasileiros e, por isso, pedem que a mesma justiça sirva para todas as pessoas.

Patrícia Lânes é jornalista, pesquisadora do Ibase/Agenda Social

*Publicado no site novae.inf.br
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 9:58 PM

sábado, maio 10, 2003

PEDÔ

A não ser pra quem curte uma pedofilia básica, o Vibezone é um programa pra lá de esquisito. Ainda mais pra quem tá na crise dos vinte e poucos anos... "Tô com medo de pedir um cigarro e alguém dizer 'toma aí, tio'", disse um amigo do Melvin.
Heh. Vai rindo...
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 8:15 AM

quarta-feira, maio 07, 2003

O Adriano não só é lindo, chiquérrimo e querido: ele também tem uma banda foda. Vai lá no site e confere.
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 5:03 AM

terça-feira, maio 06, 2003

Rafa, Inc. (00:11 AM) :
cade o /blog?

fredleal.com (00:12 AM) :
morreu

Rafa, Inc. (00:13 AM) :
porra, deixa de cu doce, volta lá e bota no ar AGORA!

fredleal.com (00:14 AM) :
HAHAHAHAHAHAHAHA

fredleal.com (00:14 AM) :
não.

Rafa, Inc. (00:15 AM) :
mané.

fredleal.com (00:16 AM) :
ele vai voltar. mas não agora.

fredleal.com (00:16 AM) :
primeiro eu vou sair do armario! hahahahahahaha

Rafa, Inc. (00:16 AM) :
BICHONA!

...

fredleal.com (00:19 AM) :
po, coitado do waly salomão. ele compos vapor barato, com o jards macale. era meio q um icone da fase final tropicalia, mezzo-samba, proto-mpb
hahahahahahah

Rafa, Inc. (00:20 AM) :
tipo, ERA UM VIADO!

fredleal.com (00:20 AM) :
cara, vc ta mto ressentido. parece q tomou uma pirocada mal dada. hahahah

Rafa, Inc. (00:21 AM) :
pq? é assim que se fica quando se toma? experiencia propria?

fredleal.com (00:21 AM) :
a hora q vc quiser, tamos ai nesse cuzinho pra acertar o problema. hahahaha

fredleal.com (00:21 AM) :
é sim. experiencia propria. por isso q agora eu so fico no boquete.

Rafa, Inc. (00:21 AM) :
caraca, vc e o jp estão muito viados.
os dois, aposto, estão se amando.

fredleal.com (00:22 AM) :
hahahahahahhahaha

Rafa, Inc. (00:23 AM) :
acho nem receber o cara eu vou aqui.
tenho medo por não ter a chave do meu quarto!
Palmas para Fred Leal, que deu uma pirueta às 12:26 AM

segunda-feira, maio 05, 2003

Hoje foi o set de despedida (SNIF) dos Organizers (Cardoso e seu irmão Nes), lá no Sítio Lounge. Amanhã os gaúchos vão embora. Foi muito legal a noite, com vários DJs e a banda Lazzaro.

Engraçada essa galera do drum'n'bass. Dava um documentário do Discovery Channel, fácil.

Eu curto.
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 3:14 AM

Ronaldinho não entende livro

O craque Ronaldinho não está entendendo a história do livro “Crime e castigo”, de Dostoievsky. Olha que o craque já está na metade.
Palmas para Kamille, que deu uma pirueta às 2:50 AM

 

 

 


 

 

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